Que fazer quando a sua equipa não ganha?

Gestão Emocional, Liderança, Gerir Crise, DepressãoUma das questões a nível pessoal que mais problemas nos causam é o fenómeno das crises cíclicas.

Está estudado que quer a nível pessoal quer a nível profissional, de x em x tempo, surge uma crise.

É um fenómeno que está mais do que estudado e confirmado.

Se recordar a sua vida, vai ver que esta situação também já ocorreu consigo.

Daí a expressão popular que “a vida é como os interruptores, umas vezes para cima, outras vezes para baixo”.

Se a memória não me falha, foi o Herman José que teve esta expressão aqui há uns anos.

De facto, quanto mais vivo e quanto mais lido com pessoas e empresas em termos de formação, mais me convenço da veracidade desta afirmação.

Ora se este fenómeno é algo que acontece ciclicamente, como pais, mães, maridos, mulheres, profissionais, directores, gestores, ou qualquer que seja o seu papel na vida, saber gerir eficazmente as suas crises é algo fundamental para o seu sucesso.

Uma das coisas que pergunto às pessoas que frequentam o nosso Workshop de Liderança Interpessoal é “qual é a cor do seu pára-quedas?”.

Gerir as crises que nos surgem assenta essencialmente em 3 factores principais.

1. Gerir o seu estado emocional
2. Focar-se naquilo que pode fazer para resolver a situação
3. Sempre que possível antecipar e planear as crises futuras

Se não for capaz de parar para respirar fundo e agarrar o seu estado emocional imediatamente quando a crise surge, o mais provável é que entre numa situação de “bloqueio emocional” e não consiga andar nem para a frente nem para trás.

Uma das técnicas que pode ajudar-nos nesta situação é a compreensão de como o cérebro funciona em termos de pensamentos.

Dado que a maioria das vezes apenas conseguimos focar-nos conscientemente num pensamento de cada vez e dado que os nossos pensamentos estão directamente ligados ao estado de espírito que temos no momento, o truque aqui é focarmo-nos naquilo que podemos resolver.

Pare, dê dois berros, deixe sair o vapor e depois ponha a si mesmo a seguinte questão:

Quais são as acções que posso tomar já para começar a caminhar em relação à saída desta crise?

Culpar os outros ou as situações ou o que quer que seja não irá trazer valor acrescentado à saída da crise.

Focar-se nas coisas que são um dado adquirido e que não podemos resolver também não ajuda nada.

Já lá diz o povo “ o que lá vai, lá vai” ou “não adianta chorar sobre leite derramado”.

Por isso a única coisa que faz sentido será de facto focar-se imediatamente naquilo que poderá fazer para resolver a situação.

Muitas pessoas, quando confrontadas com situações de crise, passam a vida a lamentar-se e a chorar sobre as questões que não podem resolver.

Este é de facto um dos maiores problemas destas situações.

Um dos factores que separa um líder do resto das pessoas é a capacidade de manter a sua cabeça fria no momento e imediatamente tomar acções decisivas para tirar a sua empresa, a sua vida ou a sua família da crise.

Finalmente, se as crises são algo cíclico nas nossas vidas e cada vez mais à nossa volta estamos cientes disso, antecipar e planear é fundamental para o nosso bem-estar.

Pare um pouco e pense:

– Que situações é que podem correr mal na minha vida?
– Se perder o meu emprego, o que é que vou fazer?
– Se adoecer, como vou lidar com a situação?

Enfim, pense na maioria das coisas que possam correr mal e depois procure soluções antecipadamente para as resolver.

Se fizer este pequeno exercício, não conseguirá antecipar nem prever tudo.

Mas se conseguir prever 20 a 30 por cento que sejam, já representa um grande alívio em termos futuros.

Quando a crise aparecer, poderá dizer para si.

“Já te tinha visto e já sei como lidar contigo!”

Será que irá ser mais fácil?

Provavelmente não.

Mas pelo menos já está no caminho certo para apontar soluções para resolver a situação.

Esta semana pare um pouco e pense em todas as coisas que podem correr mal e no que pode, de facto, fazer para as solucionar ou prevenir.

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