Será que na vida somos “actores” ou vítimas?

Actores ou Vítimas, Comunicação, Liderança, Motivação, Vida, Viver, FelicidadeUma das coisas que normalmente pergunto às pessoas que frequentam os Cursos de Liderança Intrapessoal é precisamente isto:

“Na vida são actores ou vítimas?”

Invariavelmente faz-se um silêncio na sala.

Todos nós somos bons a ser vítimas.

A queixarmo-nos.

A lamentarmo-nos.

A tentar que a nossa história seja sempre pior do que a do vizinho.

Esta questão faz-me sempre lembrar um sketch dos Monty Python, em que um conjunto de pessoas com bom ar começa a falar da sua infância.

Começa um deles a contar as condições degradantes e pobres que tinha, como só tinham um cobertor para 3.

Em como o tecto tinha buracos e chovia.

É interrompido pelo segundo que pega no tema e diz que o outro até tinha muita sorte, pois eles lá em casa nem cama tinham, só havia um jornal velho para 7 e nem tecto tinham.

Vai outro, pega no tema e diz que eles todos eram felizardos.

Eles lá em casa dormiam num buraco e todos os dias levavam uma tareia antes de ir dormir para irem quentinhos para a cama e sem jantar.

Se repararem à vossa volta, a maioria das pessoas funciona assim.

Quando perguntam: “Como é que vais?”, o que é que normalmente respondem?

“Assim assim, vai-se andando, etc…”

Este fado que temos na alma é das coisas mais prejudiciais que temos na nossa cultura.

O País pode andar mal, as coisas podem estar difíceis.

Mas seja sincero, algumas destas lamentações vão ajudá-lo a mudar?

Claro que não!

Quando muito fazem com que fiquemos muito mais deprimidos e nos afundemos na nossa “miséria”.

Se quer, de facto, mudar a sua vida, comece por mudar a forma como pensa.

A forma como reage.

A forma como encara as situações.

Uma das coisas que aprendi há muitos anos foi que não posso mudar aquilo que me acontece (cai de pára-quedas) na vida.

Apenas posso mudar a forma como reajo ao que me acontece.

E tanto posso reagir com comiseração, como posso deitar os pés ao caminho e dizer:

“Falhou, falhou.”

“O que é que eu posso aprender com isto?”

“Toca a levantar e tentar novas abordagens e formas de fazer as coisas.”

O ser humano é cheio daquilo a que eu chamo “Crenças Limitadoras”.

O que são crenças limitadoras?

Olhe, por exemplo:

– Não nasci para ser feliz
– Isto nunca vai dar certo
– Sou mesmo uma besta
– A vida corre-me sempre mal
– O que é bom só acontece aos outros

Preciso de continuar?

Penso que já apanhou a ideia.

Acha que as pessoas com maior sucesso à sua volta nunca tiveram problemas?

Acha que nunca enfrentaram dificuldades?

Claro que sim.

Mas sabe o que é que fez a diferença no seu sucesso?

A forma como encararam as falhas e problemas que tiveram.

Esta semana tome uma decisão e pare um pouco para pensar.

– “Que crenças limitadoras é que tenho na vida?”
– “Será que são mesmo verdadeiras?”
– “Será que alguém à minha volta nunca passou pelo mesmo e teve sucesso?”

Vai ver que quando começar mesmo a questionar todas estas situações, a vida começa a aparecer aos seus olhos com outro brilho.

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